Contexto
- Cooktop elétrico: eletrodoméstico que utiliza energia elétrica para aquecer as superfícies de cozimento, proporcionando um controle mais preciso da temperatura e eliminando a necessidade de gás na residência. Também conhecido como placa.
- Disjuntor elétrico de proteção: componente crucial em qualquer instalação elétrica moderna cuja função principal é proteger o circuito elétrico contra sobrecargas e curtos-circuitos, interrompendo automaticamente o fluxo de energia quando detecta uma anomalia.
- Barramento do neutro: consiste em uma barra condutora que serve como ponto de conexão para todos os condutores neutros dos circuitos elétricos. O neutro é responsável por conduzir a corrente de retorno no circuito, mantendo o equilíbrio elétrico da instalação.
- Assistência técnica Assistec Serviços: A Assistec Serviços é uma empresa de assistência técnica localizada em Recife, especializada no reparo e manutenção de eletrodomésticos.
A carta
Exmos. Senhores,
Venho por meio desta carta expressar meu profundo descontentamento e repúdio em relação à situação enfrentada com o cooktop elétrico EOS Cheff Gourmet de 4 bocas e 7500W, adquirido em julho de 2023.
É com grande indignação que relato o incidente ocorrido durante o carnaval de 2024, quando o aparelho entrou em curto-circuito em um momento extremamente inoportuno, enquanto um familiar tomava banho. O mais alarmante é que o curto não foi suficiente para acionar o disjuntor elétrico de proteção, resultando no aumento da temperatura do barramento do neutro, que passou a produzir ruídos perturbadores e causar instabilidade na iluminação da residência.
A situação se agravou ainda mais devido à ineficiência e morosidade no processo de reparo. O eletrodoméstico foi entregue à assistência técnica Assistec Serviços em Recife no final de fevereiro. No entanto, a falta de peças levou à necessidade de contatar a revenda para obter um parecer. Somente em 12 de agosto, após meses de espera, a revenda autorizou o envio do cooktop, obrigando o proprietário a buscar o aparelho na assistência técnica e enviá-lo pelos correios por conta própria.
É absolutamente inaceitável que um novo cooktop tenha sido enviado apenas em 20 de setembro, quase sete meses após o incidente inicial. Esse descaso flagrante com o consumidor demonstra uma total falta de compromisso com a qualidade do serviço e o bem-estar do cliente. Mais de 30 dias depois do envio inicial do equipamento com problema e meses depois da constatação do problema.
As empresas envolvidas neste processo demonstraram uma incapacidade alarmante de realizar o básico e cumprir os prazos legais estabelecidos. É importante ressaltar que esses prazos, embora existentes, representam o limite máximo aceitável, e não deveriam ser vistos como meta. Em situações excepcionais como esta, espera-se que as empresas ajam de forma proativa, oferecendo um atendimento de qualidade superior e buscando soluções ágeis e eficientes. A falta de empatia e a negligência demonstradas neste caso são um desserviço ao consumidor e uma afronta aos princípios básicos de atendimento ao cliente. É inadmissível que, em pleno século XXI, com todos os recursos e tecnologias disponíveis, os consumidores ainda sejam submetidos a tamanho descaso e ineficiência.
Exijo, portanto, não apenas uma retratação formal, mas também medidas concretas para aprimorar os processos de atendimento e reparo, garantindo que situações como esta não se repitam. É fundamental que as empresas envolvidas revejam suas políticas e procedimentos, priorizando a satisfação e segurança do consumidor acima de tudo.
Que este caso sirva de alerta e incentivo para uma mudança radical na forma como as empresas lidam com problemas técnicos e atendimento ao cliente. Os consumidores merecem e exigem respeito, eficiência e compromisso com a qualidade.
Com os melhores cumprimentos,
Comentário do editor (sem filtros)
O caso ilustra uma série de falhas graves tanto no produto quanto no serviço pós-venda. A ocorrência de um curto-circuito em um eletrodoméstico relativamente novo é preocupante, especialmente considerando que não acionou o disjuntor de proteção. Mais alarmante ainda é a demora excessiva e a falta de proatividade na resolução do problema. O prazo de quase sete meses para a substituição do produto é inaceitável e viola os direitos básicos do consumidor. A situação expõe uma cadeia de ineficiências, desde a fabricação até o atendimento ao cliente, passando pela assistência técnica e revenda.